O Oferecido [Parte 4 - Bala de Prata]

BALA DE PRATA

Aquele banheiro era somente breu, mas tateando as paredes pode chegar ao vaso sanitário, onde se jogou e regurgitou toda bebida da noite e o almoço de mais cedo. ‘Deveria ter ficado em casa’ foi o pouco que conseguiu grunhir sozinho, mas após dizer isso ouve a porta do banheiro se fechar. Se levanta e tanta se recuperar da melhor forma possível, mas acaba caindo sentado na privada.

Francine havia entrado, e ele sabia que seria importunado por seus gracejos. Ele sente seu toque, mas que do rosto rapidamente desce para a fivela de seu cinto, que e desfeita em poucos instantes, e em um piscar Carlos percebe que suas calças estão no joelho. Recobra um pouco da consciência, mas só o suficiente para poder se apoiar com as mãos no vaso, mas quando percebe está recebendo um carinho em sua região masculina. Era inegável que aquela situação parecia improvável, mas com o rumo que aquela noite tomou ele não questionou, deixou acontecer pela primeira vez na vida, abriu mão de se preocupar com sua condição e aquele evento. A sensação era estupenda, e fez o que pode para aproveitar cada segundo daquele estado de estase. ‘Carlos você está bem?’ ouviu ser dito da direção da porta do banheiro.

Era a voz de Francine. Pouco foi necessário depois disso para as conclusões serem tiradas. O frescor que sentia, sabia que era de uma bala refrescante, uma bala oferecida que não foi aceita. ‘’Estou bem sim, fique tranquila’ foi dito, e assim a porta se fechou, assim como os olhos de Carlos, aproveitando como podia o frescor que sentia daquela bala.

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