Destrinchando Personagem - Introdução

 Introdução

"Prefiro deixar de cara já um disclaimer de que esse texto ou qualquer outra não tem embasamento teórico algum além da minha opinião e minhas observações, o que para a proposta é mais do que suficiente."

Com a pandemia se agravando e o isolamento social criando pequenas bolhas de relações, acabei indo parar em uma bolha dessas, mas com o interesse em jogar RPG. Para os que não sabem, RPG se trata de um jogo que envolve interpretação de papeis e interações entre pessoas interpretando esses papeis.


Jogo RPG desde os 14 anos, mas nada que tivesse a frequência maior que uma vez por mês no máximo. Sempre achei estranha a ideia de um jogo que envolve tanto contato humano acontecer por chamada online ou video chamada. Esses fatores sempre restringiram as possibilidades de jogar, e isso nunca me incomodou.


A possibilidade voltar a jogar RPG mas online me causou estranheza, mas estar isolado por tantos meses da realidade que tinha me acostumado abriu esse precedente. Não estou em isolamento social intenso, sigo trabalhando, mas meu contato humano se resume em trabalho e casa. Conversar com outras pessoas caiu como uma luva.


Me preparei psicologicamente e então comecei a participar desses jogos. Para a minha surpresa, eu realmente gostei desse método de jogo por chamada. Não precisar me locomover e ir na casa de outras pessoas para jogar? Isso abriu portas e possibilidades que eu não podia imaginar, mas a principal foi poder jogar mais de uma vez por semana em horários alternativos.


Fonte: Caixinhaquantica


Porque estou trazendo todas essas questões? O fato é que dentro do RPG acabamos diversificando as “mesas”, ou elenco como falamos durante as chamadas. Diversificando o elenco, eu tive uma gama de personagens para interpretar que nunca imaginei poder acumular em tão pouco tempo e com tantas nuances.


Esse texto é mais uma introdução a proposta que é destrinchar cada um dos meus personagens que existem entre o ano de 2020 e possivelmente 2021 e refletir o que cada um me apresenta como desafio, como facilidade e até fazer o paralelo do porque esse personagem se conecta comigo ou não.


Esse exercício foi proposto pela minha terapeuta, não como um tratamento, mas um método de entender como eu percebo o mundo, as pessoas e principalmente esses meus espectros de personas.


Sei o quanto RPG expandiu durante os últimos anos, e como a pandemia incluiu pessoas de todas as tribos e grupos para jogar algo que 15/20 anos antes fosse considerado algo 100% cultura nerd. Que o resultado desses textos ajude outras pessoas a pensar em como construir personagens bacanas e até pensar um pouco sobre como esse personagem se relaciona com você.

- The Loker

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