Destrinchando Personagem - Ivan “Zoppe” Anatoly [PARTE 1]
Ivan “Zoppe” Anatoly
"Ivan é filho de pescadores, nasceu e cresceu no grande porto de Diamatria. Tendo perdido tudo que conhecia como família, abraçou o grupo de famigerados piratas e fez parte da tripulação fazendo serviços menores. Nessas rotas de comercio e transporte conheceu Nidaria Iohana, uma tritão de desejo incontrolável por riquezas, quem um dia seria sua esposa. A relação na se estendeu por mais do que alguns anos, e com as diferenças e temperamento de ambos, decidiram se separar, Nidaria voltando para Trion carregando o filho de Ivan no ventre, sem que ambos soubessem. Depois do naufrágio que findou com a maior parte de seus colegas, comprou um barco e junto do seu grupo o batizou de Carcaju Albino, o que seria então o seu meio de transporte e trabalho."
Não teria como começar
com outro cara, até porque foi o primeiro personagem que tive depois de um
intervalo de tempo enorme sem jogar RPG. Nesse grupo de colegas esse foi meu
primeiro personagem e inicialmente ele surgiu como uma resposta para mecânica.
A ideia seria algo vinculado com pirataria, mar e ladino. Me foi dado de cara o
título de capitão, então esse personagem seria um capitão de um navio, que
mesmo sem ser um navio grande, representa uma responsabilidade enorme. O
primeiro ícone de personagem e referencia visual foi aquele pirata da garrafa
de rum da marca Montilla. Simples e sem muita complexidade nesse rascunho, Ivan
dentro de todos os personagens é o que eu menos interpreto.
A responsabilidade de
ser um pirata torna o Ivan de cara um sujeito mais velho, mais maduro. No
primeiro rascunho dele foi de um pirata jovem para um pirata cinquentão e quase
sempre muito esquecido. As primeiras sessões com ele não tiveram tantas
interações, o que me deu tempo de pensar em um passado para ele. Um sujeito de
50 anos, diferente de personagens joviais e novos, tem um histórico enorme de
situações e eventos vividos. Fui para o clichê de perda dos pais jovem, dando
para ele essa aura de “sem lar para voltar”. Uma das coisas que queria para ele
desde cedo era o fator de um casamento que não deu certo. Parece bobo, mas nos
anos que jogo RPG eu sempre vi duas possiblidades envolvendo amores; O amor
perdido por tragédia OU amor intacto e cristalino. Sempre achei isso irreal. A
ideia era sair de formula e dizer “O Ivan já amou, não deu certo e a vida
seguiu”. Mais para frente essa decisão resultou em outro personagem que seria o
filho do Ivan, mas que vou tratar com mais detalhes em outro post.
Era só isso que eu
tinha pelas primeiras 5 sessões, um personagem mais maduro e vivido que tinha
recebido uma missão onde lidava com personagens bem mais novos que ele. Nunca
quis que o Ivan fosse muito sombrio no grupo, até porque o grupo por si só
tinha personagens com dramas pessoais muito pesados. Com a sinergia surgindo
entre os personagens, ficou claro que esse personagem era uma figura paterna
para a maior parte ali. De maneira alguma EU represento essa figura, mas o
personagem em si captou esse espaço e se torno essa personificação do
confidente e amigo maduro.
Um dos fatores que
contribuíram muito nessa reflexão toda, foi saber que esse personagem não só
tinha esse grupo, mas uma tripulação toda que de alguma forma se envolvia com
ele tendo muito respeito e lealdade. Foi nesse ponto que percebi o quanto o
Ivan não só capta muito das minhas características de ser cômico, sempre
animado e ao mesmo tempo resmungão, mas ele captava e capta muito da minha
lealdade. Um dos personagens da mesa era procurado e tinha recompensa colocada
para quem o entregasse para as autoridades. Confrontado com isso, o Ivan tinha
certeza de que não poderia entregar esse personagem em hipótese alguma.
"O texto ficou
relativamente grande então decidi dividir em duas partes pra leitura ficar um
pouco mais clara e menos poluida."
Parte 2 eu lanço em alguns dias!
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