Diário do Nidalion - 11º Dia na Resistência

16º dia de Donis do ano de 71 da Era do Fogo

Essa passagem por Knutfield com certeza foi um erro tremendo. Logo pela manhã acabamos esbarrando com um grupo de supostos agentes em busca de uma recompensa pelos membros da resistência que faço parte. O líder deles se chamava Jean Septimus. Só mais um dos vários membros dessa organização que é são verrugas que o continente gera. Foi relativamente fácil convencer esse líder do grupo de que eu tinha dominado todos e estava indo buscar minha recompensa. Imobilizar esse sujeito e cortar sua garganta foi uma tarefa no mesmo nível de dificuldade.

Nos seus bolsos encontrei uma carta que aparentemente seria um convite para alguma tarefa ou missão envolvendo essa família de criminosos. Felizmente matamos o mensageiro. Junto com a carta consegui uma bela adaga, um item lindo singular. Adaga de Septimus como chamam. Já vi algo sobre essas belezas. Em Knutfield eu descobriria que realmente esse item seria singular até demais. O trajeto até a cidade demorou poucas horas. Cansei algumas vezes no caminho, o que me causou muita estranheza. Na verdade já tem alguns dias que meu corpo não anda o mesmo. Alguns momentos de canseira e cólicas em situações de estresse alto. Talvez seja tempo demais nesse ar seco. Não sei se existem muitos tritãos que ficaram tanto tempo longe do mar ou misturado com outras raças. Chegamos em Knutfield.

Para evitar chamar atenção, o grupo decidiu se separar, entrar e sair da cidade rapidamente. O grupo dificilmente protesta quando a ideia de se separar surge. É palpável a saturação de todos. Athelstan me acompanhou. Entrando na cidade tive a intenção de comprar uma nova diadema. Obviamente nada seria igual a que tinha. Anos demais com a fina coroa na testa me deixou desacostumado em ficar sem nada na cabeça. Caminhamos e conversamos até chegar no mercado. Em uma dessas joalherias encontrei uma bela Diadema de Krasny, com um rubi incrível. Seria um item lindo para me adornar. O preço foi acima do esperado investir, e ofereci a adaga como troca. Foi nesse ponto onde tudo deu errado.


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O gnomo, dono do estabelecimento me expulsou do local e rapidamente me denunciou para as autoridades locais. Como pude ser tão idiota. Rapidamente fui capturado. Athelstan também seria levado, então neguei conhecer ele o grande draconico. Não quero ninguém sofrendo pelas minha cagadas, muito menos ele. Aleguei que ele fosse um acompanhante para quatro paredes. Eu tinha certeza naquele momento que se saísse vivo ele iria me matar pela solução. Fui vendado e levado para um lugar desconhecido onde imaginei que seria executado. Que fim patético seria. Morto feito um gato de estrada que esbarrou com a pessoa errada no lugar erado.

Em uma sala escura vi aquele meio elfo velho e barbudo me observando com interesse. Disse que era Leon Septimus. Reconhecendo o nome eu percebi que com certeza esse seria o meu fim patético. Fingi que não tinha encontrado grupo nenhum, que a adaga tinha sido um achado na viagem, e que o que sabia do grupo da Resistência, que eram guerreiros e conjuradores mortais, que o líder era o filho de Bel, um guerreiro terrível e sanguinário. Essa mentira talvez tenha sido um exagero destemperado e até um erro, mas não me arrependo em tentar deixar Bel um pouco mais ridicularizado por sua cria não ser o forte guerreiro que ele representa fisicamente. Ando tendo picos de emoções estranhas. Não foi a primeira mentira do dia pelo simples impulso.

Leon engoliu a mentira, me considerou uma ameaça mínima na cidade e em seus planos e me escoltou para fora da cidade. Essa entrou para a lista de onde consegui conversar e escapar do fio da lamina. Não diria que foi a pior situação porque já tive discussões com Mahara que chegaram nesse limite. Encontrei o restante do grupo no limite da cidade e partimos. Seguimos para Frohn.

- Nidalion, o Mestiço

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